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Um hospedeiro para o amor

Se queremos que o outro seja tal como sonhamos, e se ao conhecer alguém que nos apaixonamos logo tratamos de modificar esse pessoa, queremos na verdade que o outro seja apenas um hospedeiro para nossas fantasias.


Amar náo implica em querer que o outro seja perfeito, podemos amar o que consideramos imperfeito. Querer que o outro mude, está relacionado ao que nós não gostamos ou concordamos. Ao que não damos conta, ao que nos é desconfortável, ao que nos diminui dentro, quando nos consideramos menores lidando com aquilo que o outro provoca ou fora, quando nos sentimos julgados por termos escolhido e aceitado o outro.


Isso nada tem a ver diretamente com amar ou não. É tudo sobre si mesmo.


Um estudo de caso; o homem que vê a própria mulher aparentemente sempre desconte e insatisfeita, e faz o que pode por ela, se submete a situações que não gostaria para vê-la feliz, como uma forma de não se sentir culpado, já que se sente responsável por essa mulher. Se, ela fosse mais clara com ele, expondo o porque do descontentamento constante (e para isso ela mesma precisaria mergulhar em si e descobrir, caso nao soubesse) e se ele percebesse que ele não é responsável pela felicidade total, pelas curas emocionais, por suprir o que não compete a ele como uma crise no trabalho, se ele nao carregasse a culpa por todo o mal que a atinge, e a responsabilidade total pela felicidade dela, os dois poderiam ver o bem que fazem um ao outro sem peso, culpa ou insuficiencia. Eles poderiam ver de fato se ele a apoia como ela precisa, no que realmente ela precisa. Ela pode simplesmente estar precisando de um ombro, um abraço. Ele pode estar precisando de um gesto de reconhecimento. Um cobrando do outro e se cobrando internamente, impede que a paz aconteça.


Um olhar sincero sobre as próprias feridas e vulnerabilidades, no objetivo de ver quais são suas reais limitações, evita sobrecarga no outro, evita cobrar do outro o que não é dele de resolver, evita que o outro se sinta responsável desnecessariamente e principalmente favorece que a verdade apareça, do que realmente precisa ser diferente na relação e do que simplesmente requer um olhar mais compassivo.


Autoconhecimento é a chave; saber quem somos e o que podemos ou não podemos pode melhorar muito os relacionamentos de uma forma geral.


Dai, podemos olhar o outro tal como é, reconhecer totalmente, parar de projetar o que gostaríamos e tirar o outro do papel de ser simplesmente um corpo hospedeiro de uma alma que imaginamos.


A imagem que ilustra esse post foi escolhida para sensibilizar seu coração, fazer você pensar na pureza desse sentimento tão nobre e representa muito bem o amor oferecido ao outro pelo que é, simplesmente.




 
 
 

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