Te amo, mas...
- Graziela Maria Moreira
- 12 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
Esse post é uma sequência desse post aqui que sugiro que leia antes de continuar esse.
O amor, para muitas pessoas, está associado ao sacrifício. Para essas pessoas é muito difícil acreditar que são amadas se o outro nao fez nada de gigantesco, não conquistou ou perdeu algo, por exemplo, muitas vezes atrelado a deixar de ser quem é.
Te amo, mas... gostaria que você fosse desse jeito para que eu pudesse perceber que me ama. Como a mãe que acorda à noite inúmeras vezes, o pai ou mãe que trabalhou muito para ter o filho, a dificuldade da gravidez, tudo o que os pais abriram mão para serem pais.
Te amo, mas... falta algo. Falta você ser diferente. Assim não preciso olhar para minhas feridas, nem meus bloqueiose diante do seu sacrifício vou sentir que é reciproco.

Se eu quero muito que você seja diferente, o que falta em mim? O que não dou conta? O que preciso superar para ter um olhar neutro e realista sobre essa situação?
Repare, leitor, que não estou excluindo o fato de que muitas vezes o alvo amoroso pode, sim, estar passando de um limite e que, sim, não está sendo justo, correto, afetuoso ou até mesmo recíproco.
De todo modo, esbarra no eu. É sobre mim. A dor é minha. A vontade de mudar o outro para que eu seja feliz não depende do outro estar certo ou errado, depende do quanto consigo lidar.
Com isso não quero dizer que a pessoa deva ignorar seu próprios limites e aceitar tudo calada. Muito pelo contrário: quanto mais autoconhecimento e cura, mais capacidade de impor limites saudáveis e de se envolver com quem ressoa com essa inteligência emocional.
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