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A nobreza de amar o outro tal como é e fazer da vida um convite

Esse post é uma sequecia desse e desse.


Amar o outro tal como é, com um contínuo desejo de evolução mas sem querer fazer da pessoa um mero hospedeiro das nossas fantasias, é um processo que exige amadurecimento. Para muitos, não querer transformar o outro parece um sonho distante, mera utopia assim como um ato de extrema ingenuidade. Como posso não fazer tanta questão que meu alvo afetivo seja diferente? Sendo uma pessoa amadurecida e percebendo que o amor em si não depende disso. Tá, mas, em que vou colocar a responsabilidade pelo meu sofrimento atual? Queria eu um conjuge ou um inimigo?


Ter ao lado alguém que possamos encher de defeitos, faz com que sejamos vistos como certos e perfeitos na mesma medida que queremos que o outro não nos prejudique, não nos faça sofrer ou nos envergonharmos do relacionamento que estamos.


Até que ponto os defeito colocados no outro é uma busca por um relacionamento de comercial de margarina ou uma necessidade real? Quais são meus desejos ao lado de alguém, o que acho que a sociedade espera de mim, e como seria não corrresponder sem culpa alguma por isso?


Em nenhum momento declaro que a pessoa em questão é perfeita. Não se trata de temos culpados.


O fato é que convidar o outro para fazer parte da nossa vida, é uma honra. Ter alguém ao lado que anda na mesma direção, que decide estar alí é algo lindo. Na sociedade que vivemos hoje, a grande maioria não se sente obrigada a permanecer num relacionamento. Estar num, é escolha que parte do coração e também é uma decisão racional. E isso é muito bonito, porque inclui um aspecto de escolha, de você ser essa escolha, andar ao seu lado por achar que é o melhor a fazer, não um desejo súbito que tomou a pessoa e ela não se via em condição de decidir. Por que não reconhecer a beleza disso?


O lado mais belo do amor é o que faz com que o outro se expanda, seja sua melhor versão por incentivo se isso for da vontade da pessoa não por necessidade nossa. Num relacionamento equilibrado isso acontece naturalmente.


Claro que nem sempre é assim. Muitas vezes o conflito é necessário para essa evolução como um remédio amargo. E está tudo bem se essa for a única forma conhecida para essas pessoas, por mais que mentalmente assumam que gostariam de serem mais felizes sem o conflito. Mentira, não está tudo bem e é por isso que eu escrevo aqui: justamente para trazer essa mudança de consciência, independente de você se o que acusa, o que sofre ou que é cobrado ou ora um ou o outro. Você também pode estar aqui por gostar de refletir e de explorar outros olhares.


Quando me refiro a amar o outro como é e aceitar sua natureza, inclui perceber suas transformações, seus processos dolorosos ou não, testemunhar sua vida. Quando há reciprocidade, nada disso precisa ser cobrado ferrenhamente. Estejamos de olhos abertos para vermos o amor se manifestando nas nossas vidas e sermos esse convite para uma convivência harmoniosa cuidando com carinho das nossas feridas sem sobrecarregar quem não tem a responsabilidade de curá-las porque também pode ter as suas. Daí, sim, podemos ter o famoso relacionamento leve tão sonhado hoje em dia mas havia sido esmagado pela pressão.


Oferecer esse tipo de relacionamento é um convite irrecusável para que a pessoa fique. Um espaço onde possamos ser quem somos, lidar com carinho com nossas limitações, poder expandir ao lado de alguém que nos incentiva, que anda na mesma direção, que entende quando simplesmente não podemos ser algo diferente naquele momento, que não personaliza o gatilho, é viciante. Se você cria esse espaço, sua energia é um convite. Vale pensar se esse espaço pode ser criado para você também, e se você consegue perceber quando isso tudo é oferecido.


Pense...




 
 
 

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